O Título do blog "Conversascomcybelle" é intencional. Escolhi este nome pois tenho como objetivo "bater papo" sobre educação". Não tenho a intenção de usar palavras complicadas, termos técnicos complicados que limitem a compreenção dos assuntos aqui "conversados". Minha ideia será usar uma linguagem casual, simples e de fácil compreensão. Assim, temas ligados à Educação poderão ser entendidos e debatidos por todos. Deste educadores, a pais preocupados com o futuro de seus filhos. Já tenho alguns rascunhos de "conversas" que irei publicar, como qualquer bate papo, não sei qual rumo irá tomar. Seja bem-vindo em meu blog, e juntos teremos boas conversas....
Como pedagoga, percebo que pais de alunos enfrentam dificuldades relacionadas a orientação e acompanhamento dos filhos na realização de tarefas e trabalhos escolares. Alguns pensam da seguinte forma: "Meu filho fica muito nervoso para fazer as tarefas, chora, e eu acabo fazendo com e para ele." Ou ainda: "Eu aprendi de outra maneira, faço da forma como aprendi ou deixo sem fazer a tarefa". Pode surgir ainda a dúvida se o filho está prestando atenção na aula, ou se a professora está explicando direito o conteúdo. Grande dilema para os pais.
O que os pais devem fazer para ajudar efetivamente seus filhos sem prejudicar no seu processo de ensino aprendizagem? Eis algumas dicas que julgo importantes.
A primeira coisa que deve ser feita é verificar se seu filho está prestando atenção na aula, se ele tem motivação para aprender ou se ele não está com "aversão pelo difícil". A criança é como nós adultos, frente à uma tarefa difícil ou complicada, que requer algum tipo de esforço, a primeira reação é deixá-la para depois e fazer algo mais simples. É a lei do menor esforço! E a criança desde nova já a conhece. Quando a criança aprende que após chorar e gerar um stress na família consegue alguém para realizar suas atividades, isso pode torna-se rotina e essa rotina um grande problema!
A segunda atitude a ser observada é se realmente seu filho não está compreendendo o conteúdo ensinado em sala de aula. Neste caso, é preciso dialogar com o professor de classe, a fim de juntos descobrirem os motivos da dificuldade de aprendizagem. O Importante é manter a calma e saber que vários fatores podem contribuir para esta dificuldade. Apesar de poder significar apenas uma fase de dificuldades na vida da criança, há muito a ser feito para superá-la.
O que vou afirmar poderá chocar alguns pais e professores, mas minha experiência tanto como educadora e mãe de um garoto de 8 anos é que, antes de simplesmente impor regras básicas, tais como horário, local, e forma de estudo, demonstre ao seu filho o quanto você valoriza sua escola, tendo pequenas atitudes. Ao buscá-lo na escola, pergunte como foi a aula, o que aprendeu naquele dia. Ou ainda, incentivando - "Nossa, que trabalho legal esse que sua professora pediu". Sei que num primeiro momento as respostas não são nada do que esperamos, até porque o cansaço somado à fome do final da aula gera mau humor na maioria das crianças, dificultando uma pouco esse tipo de conversa. Mas vocês irão se surpreender, ao observarem que depois de um banho e um lanche, as respostas às suas perguntas começam a surgir. Outra coisa! Não pensem que as regras não são importantes, são sim, e muito, mas isso fica para um outro bate papo...
Como anda a Educação em nosso País?
Atualmente é comum escutarmos que a educação no Brasil não funciona. Esse discurso está presente tanto nos meios em que circulam pessoas de elevado nível social, quanto em festas, almoços de famílias, em reuniões ou até em mesas de bares. Mas com base em que essas informações são feitas? Para entendermos se tais afirmações procedem ou não, é necessário refletirmos um pouco sobre "O que é Educação?
Segundo o sociólogo Émile Durhkeim " A educação é a socialização da jovem geração pela geração adulta." Nesse processo de socialização a geração adulta prepara a geração jovem que chega à sociedade para viverem como cidadãos plenos e capazes de respeitar regras mínimas de convivência em grupo. Sendo assim o adulto socializado, que passou pelo processo básico, deve no mínimo ser um indivíduo que sabe viver em grupo e respeitar regras básicas de convivência. Neste sentido deve saber respeitar o próximo, as regras de trânsito, os espaços públicos, os templos religiosos, os idosos, as crianças, os animais, as plantas, etc.
Vejamos o que diz a legislação vigente no Brasil: o objetivo proposto na LDB - " Lei de Diretrizes e Bases Art. 2 A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho." Se toda sociedade compreendesse e vivenciasse isso, teríamos jovens e adultos agindo não como bárbaros ou vândalos, mas sim como cidadãos plenos e apos para conviverem harmoniosamente em sociedade, inclusive contribuindo para o aprimoramento desta mesma sociedade. Quem sabe conviveríamos numa sociedade com índices menores de violência, de crianças abandonadas, de violência relacionada a preconceitos ilógicos, maus tratos de todos os tipos contra seres humanos e animais, e uma lista imensa de atos nada civilizados.
A educação é dever da família e do Estado. Diante disso não há mais possibilidades de ficarmos num jogo de empurra, pois nesse jogo todos perdem, e o maior perdedor é a sociedade. É possível que tanto a família quanto o Estado tenha falhado com a educação, basta olharmos para nossa juventude. Que jovens estão sendo formados pela geração adulta?
Então quando alguém afirma que a educação brasileira não funciona, está também se incluindo como responsável por esse não funcionamento. É necessário reverter esse quadro.
Pense nisso!
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